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Maior acelerador de partículas de mundo é religado após 14 meses

O maior acelerador de partículas do mundo voltou à atividade nesta sexta-feira, após 14 meses parado, informou o Centro Europeu de Investigação Nuclear (CERN). O primeiro teste da máquina foi realizado por algumas horas em setembro de 2008, antes do acelerador apresentar um grave problema e ter que ser desligado.

"Os primeiros testes de injeção de partículas de prótons começaram às 16h (13h no horário de Brasília)", disse James Gillies, porta-voz do CERN.

Estas injeções duraram uma "fração de segundo" para permitir que as partículas "deem meia volta, e até uma volta" no circuito do Grande Colisor de Hádrons (LHC), destacou Gillies.

"Se tudo ocorrer bem, às 07h deste sábado [04h no horário de Brasília] trataremos de fazer circular um feixe de partículas durante vários minutos", disse o porta-voz.

A circulação de partículas no gigantesco equipamento começará em um primeiro momento em baixa energia, com 450 GeV (gigaeletrons volts), e quando os cientistas injetarem feixes em direções opostas se produzirão, a essa velocidade, as primeiras colisões.

A partir então, o experimento consistirá em ir aumentando progressivamente a potência da circulação dos prótons, até chegar ao momento mais esperado e temido por alguns: as primeiras colisões de partículas a velocidade próxima a da luz, o que calculam que poderia ocorrer em janeiro.

Nesse momento, serão recriados os instantes posteriores ao Big Bang, o que dará informações chaves sobre a formação do universo e confirmará ou não a teoria da física, baseada no Bóson de Higgs.

A existência dessa partícula, que deve seu nome ao cientista que há 30 anos previu sua existência, se considera indispensável para explicar por que as partículas elementares têm massa e por que as massas são tão diferentes entre elas.

Segundo Gillies, uma garrafa de champanhe já está pronta para a comemoração.

Falha

O LHC custou 3,76 bilhões de euros e deve permitir progressos sobre o conhecimento da matéria e a origem do universo. O acelerador, contudo, teve sucessivos problemas após entrar em serviço, no dia 10 de setembro de 2008.

O primeiro incidente ocorreu menos de 48 horas após a ativação do sistema, sendo seguido por um segundo defeito, no dia 19 de setembro, que afetou os ímãs encarregados de guiar as partículas pelo circuito do acelerador.

O circuito mede nada menos que 27 km e está 100 metros sob a terra, em uma região da fronteira entre França e Suíça, passando pelo território dos dois países.

Desde setembro de 2008, o CERN realiza um longo trabalho para reparar o Acelerador de Partículas, que incluiu a instalação de novos sistemas de segurança ao longo do percurso, cuja construção envolveu mais de 7.000 físicos, durante cerca de 12 anos.

Oposição

Mas nem todo mundo apoia a experiência. Um grupo contrário ao experimento apresentou nesta sexta-feira uma denúncia ao Conselho de Direitos Humanos sobre o "perigo" que a população está exposta com esse teste.

Eles alegam que a matéria estará em um estado jamais observado antes --o que pode levar ao surgimento de um buraco negro capaz de aspirar tudo o que estiver ao redor.

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